13 agosto, 2014

The Shins - Port of Morrow (2012)

Nota: 7,4






Eduardo Kapp





Eu conheci o The Shins faz uns 3 anos, quando vi algo sobre um tributo ao Pink Floyd e eles iam tocar. Eles são uma banda com um estilo relativamente variado, indo desde o Dream Pop até o Freak Folk e Indie Rock. Os caras já tem uma relativa estrada, com 5 álbuns lançados desde 1997.

Nesse dito tributo, tocaram também MGMT, Foo Fighters, Pearl Jam e até o Dierks Bentley. Num tal de Late Night with Jimmy Fallon, o tributo durou uma semana, com vários shows e tudo. Enfim. Eles tocaram um cover de Breathe, que ficou muito afudê. Aí fui atrás do som dos caras, e acabei conhecendo o "Wincing The Night Away" que é um baita disco, lá de 2007. E aí uns meses depois, lançaram esse, o Port of Morrow.

Acabei ouvindo bastante, esse álbum me acompanhou em quase toda minha viagem de micro-intercâmbio ali pelas férias de inverno daquele ano. Difícil não sentir vontade de ouvir de novo e de novo depois de passar, por exemplo, pela eletrizante e espacial "The Rifle's Spiral", que é uma composição de 3:30, decentíssima, com alguns efeitos inesperados e mesmo assim sendo pop o suficiente pra ser lembrada.

Mas a coisa fica absurdamente pop e sei lá, invencível e grandiosa e essas coisas quando: "Simple Song". "Well this is just a simple song, to say what you've done" é quase uma mentira. Provavelmente a melhor música aqui, com um riff inesquecível, sintetizadores ecoando, timbres estranhos vindos de instrumentos que eu não saberia dizer quais são. Gostei muito da edição também, os volumes pra cada layer estão tipo muito.. certos.

A partir daí, rolam umas coisas mais calmas e nem tão ambiciosas, mas com seus igualmente bons momentos. Um ótimo exemplo é "Bait and Switch", que é bem tranquila e não tem nada de mais, quando de repente aparecem uns agudos inalcançáveis à um razoável ser humano, guitarras reinventando frases e uma bateria bem interessante, mesmo não sendo lá essas coisas.

O problema dessa parte do disco é que tem coisas como "September" e "No Way Down" que só tão ali pra cumprir tabela. Sinceramente. Não dá pra sentir nada ouvindo, nem acreditar que eles sentiram algo compondo/tocando. E tenho certeza que não estou sendo duro demais com músicas que uma bandinha estilo essas que tocam covers do Rock mainstream podia muito bem fazer.

Por sorte, a ~moral~ é recuperada em "For A Fool", "40 Mark Strasse" e principalmente na de mesmo nome do álbum, "Port of Morrow". Lembro que a primeira vez que ouvi essa música, não sabia dizer de onde vinha a inspiração pra ter feito algo assim, parecia completamente novo a maneira como se misturaram os instrumentos nesses 5 minutos e 50 segundos. É claro que depois eu ouvi coisas até parecidas, mas até hoje me parece que esse álbum como um todo tem momentos significativamente originais e muito bem trabalhados.

Onde ouvir: http://grooveshark.com/#!/album/Port+Of+Morrow/7426738

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